quarta-feira, 1 de julho de 2015

Uma "ite" nova

Temos a sorte de não conhecer cá em casa muitas das "ites" comuns da infância.

Com 5 filhos não seria de estranhar que elas andassem por aí, mas tirando a gastroentrite anual que normalmente ataca todos de seguida (nós adultos incluídos) e serve de limpeza e uma ou outra otite leve e passageira, as outras têm passado ao lado. 

Acredito que seja pelo modo de vida que temos, que está longe de ser exemplo ou perfeito, mas que é o ideal para a nossa família, pela alimentação que fazemos, que também não tem nada de perfeita mas é variada, pela oportunidade de estarem muito na rua e em contacto com a natureza e muito pela bagagem genética que trazem com eles. Ah ia-me esquecendo da amamentação, disso não tenho dúvidas, faz toda a diferença. 

A Julieta queixou-se de dor de barriga e vomitou, no sábado. À noite fez febre, e pensámos, aí vem a virose do costume. De manhã estava fina mas com a tarde chegou mais um vómito, febre e muita dor na barriga. O instinto de mãe (e pai) tem destas coisas e olhando para a Julieta e para o cenário de sintomas, ou falta deles, meti-a no carro e fui às urgências, coisa que nós só fazemos mesmo quando o nosso instinto manda.

Lá chegada,  quando o médico me perguntou: 
- E só vomitou 1 ou 2 vezes e acha isso preocupante?
Pensei para mim, realmente isso não é nada mas ... 
- Sabe senhor doutor, a Julieta é muito alegre e valente e eu olho para ela e vejo-a doente, não é normal. (sim porque se fosse a virose haveria muito mais vómitos, dores e febres e isso não me levaria ao hospital) 

Assim que a Julieta abre a boca o médico diz:
- Aqui está a razão dela estar assim - e mostra-me as grandes, vermelhas e inchadas amígdalas da Julieta! Uma novidade para nós cá em casa. 

O resto da consulta foi o senhor doutor a passar o antibiótico e eu a dizer que ela nunca tomou nenhum, que tinha sido amamentada até aos 2 anos, só foi para o infantário aos 3 e que aos 4 seria a primeira vez, mas se tivesse que ser seria. 

Não parei na farmácia de serviço, vim antes para casa decidida a evitar o antibiótico e a dar tempo e oportunidade ao corpo da Julieta para combater este bicharoco. Pensei dar-lhe dois dias para reagir, se não acontecesse passaríamos então ao plano B, antibiótico. 

Homeopatia, geoterapia, descanso, mimos e confiança. Alguma febre alta para "queimar" o bicho e hoje, passados 4 dias a Julieta já não fez febre, esteve bem e as amígdalas estão praticamente do tamanho normal. 

Tempo, confiança, oportunidade, cada vez mais vejo que se trata disto. 

O livro "Guia de Remédios Naturais para Crianças" é já uma ferramenta indispensável cá em casa, tem sido o nosso grande amigo nesta viagem de transformação, de passagem do químico para o natural e juntos temos conseguido alcançar os objectivos. 




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