quinta-feira, 28 de julho de 2011

Um Trio aos ouvidos de um quarteto


Para ver este Trio levei o meu quarteto, eles são os Obbligato os meus são os Irrequietos.




Eles estiveram espantados, intrigados com aqueles sons, intimidados com o silencio das pessoas, curiosos com os nomes dos instrumentos e entusiasmados na altura das palmas!




Para a Teresa era a musica das princesas, queria dançar, e ao som desta ainda se aventurou.


 Vivaldi              Sonata
                                  Adagio
                                  Allegro
                                  Presto



O Tiago gostou mas o cansaço de um dia na praia revelou-se inimigo da concentração e da disponibilidade necessária para apreciar esta musica.



A Julieta preocupou-se em estudar o programa, brincou, esteve calminha ao meu colo e quando começou a ficar irrequieta, mamou ao som de

B. Marcello                Concerto para Oboé (º And.)
                                      Adagio



Nâo sou por norma ouvinte de musica clássica, erudita, mas gosto de aproveitar as oportunidades que aparecem para apreciar boa musica e proporcionar novas e agradáveis experiencias  aos meus filhotes.

Parabéns ao Trio Obbligato da Academia de Musica de Lagos por ter conseguido manter o meu quarteto irrequieto quieto durante 1 hora.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Quatro e quatro oito

Quando se juntam quatro mais quatro o resultado é oito, toda a gente é capaz de fazer a conta, e foi o que aconteceu um destes dias, fiquei com os meus quatro e mais quatro a dormir cá em casa!


Queriam ir a um concerto mas tinham os miúdos e com os miúdos não podiam ir, pensaram em arranjar alguém para cuidar deles, mas a Mãe de todos não deixou, ofereceu-se para ficar com todos. Loucura total!

 Arranjei um reforço de peso, a amiga Sandra veio cá para casa, afinal é professora e está habituada a uma turma inteira, qual seria a dificuldade de juntas tomarmos conta de 8 miúdos todos de idades diferentes?

O Mário faz 9, o  Léo faz 8, o Tiago faz 7, a Olivia faz 5, a Julieta (espanhola) faz hoje 3 Parabéns Julieta, a Teresa faz 4, o João fez 2 e a Julieta (portuguesa) fez ontem 8 meses.  

Começámos com uma visita ao Moinho da Torre, sem duvida uma visita que recomendo. O amigo Carlos Mesquita guiou-nos pelo moinho, pela sua história, pelo seu funcionamento e ainda nos deixou fazer farinha, com ele não se aplica o velho ditado "Comigo ninguém faz farinha!"






De regresso a casa os miúdos puderam usar pasta de modelar para fazer uma réplica do moinho ou o que quisessem. Amassaram, esticaram, cortaram, enrolaram ... enfim durante uma hora 7 meninos à roda de uma mesa brincaram e criaram. A Julieta pequenina ficou de fora desta actividade por razões óbvias.


E há alguma coisa melhor que uma festa da Pizza para crianças? Sim provavelmente até há, mas também não se pode dizer que tenha sido uma má ideia. Cada um pôde criar 1/4 de pizza, escolher os ingredientes, decidir quantas azeitonas queria, se levava queijo ralado ou fiambre, ou se era completamente forrada a oregãos.






A hora de dormir aproximava-se a passos largos. Como seria? Será que nenhum ia começar a chamar pela mãe? Será que ia haver xixis na cama? E mais importante que isso, onde iriam dormir 8 crianças numa casa de 4?
E foram eles próprios que naturalmente foram dando respostas a estas perguntas.

Os rapazes mais crescidos juntaram-se no quarto dos rapazes cá de casa.


As meninas foram fazendo ninho na sala, por ali espalhadas a ouvir historias, o Joãozinho foi ficando, afinal ainda é pequenino.



A Julieta pequenina é que por esta altura já levava pelo menos umas  2 horas de sono.




E a Mãe de todos e a amiga Sandra puderam aproveitar o serão para conversar e relaxar um pouco, enquanto 8 pequenotes dormiam a sonhar com o dia que tiveram.

  



Deitada no sofá a velar o sono dos pequeninos senti que tinha conseguido, a Mãe de todos conseguiu entreter, cuidar, alimentar e adormecer 8 crianças.

Tiro o chapéu aos casais com 8 filhos! E para quem tem mais que 3 espreitem aqui.

Para um dia contar e recordar e rir ...
Ouvi um chourinho, levanto-me estremunhada, olho para o chão, conto 3 em vez de 4, corro a casa toda à procura da Julieta (espanhola) acendo luzes, conto cabeças. e só quando volto à sala é que vejo que ela afinal está lá deitada a dormir mas noutra posição... e o chourinho volta, afinal é a outra Julieta, a portuguesa, a minha, a pedir maminha...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os amigos de Verão

Chegam com os carros carregados, cansados, com vontade de sol e de praia, com vontade de longas conversas e de dias sem pressas, chegam para passarem férias e para reverem amigos.

Os amigos de Verão já começaram a chegar, são os amigos de Verão de todo o ano, os amigos que só vemos no Verão mas que se a meio do Inverno vierem ao Algarve também aparecem, aqueles com quem nós queríamos estar mais vezes mas por força das distancias físicas não estamos.

Sentados a uma mesa grande, com um almoço fresco de Verão na frente e um copo de vinho verde na mão as novidades são desfiadas, afinal já passou mais 1 ano e há tanto para contar.

Porque o Tiago já sabe ler, o Léo já vai para o 3º ano, a Teresa entrou para o infantário, o João está grande mas ainda é um bebé, a Julieta (a deles, porque eles foram os primeiros a ter uma) está tão gira tão menina e a nossa Julieta já nasceu e já vai fazer 8 meses, e o Mário e a Olivia estão tão crescidos!




E enquanto nós falamos, enquanto nós saboreamos as palavras que dizemos sobre os nossos filhos, eles, os nossos filhos brincam. Todos os anos se encontram e todos os anos é preciso quebrar o gelo, aquela capinha fina de vergonha que se forma durante o tempo em que não se vêem, durante os meses em que vivem e brincam tão longe uns dos outros, mas, que assim que se quebra deixa a amizade ganhar força, mais força do que tinha no ano passado e com a certeza que para o ano ainda será maior.

É bom vermos que os nossos filhos sabem fazer amizades, sabem alimentar amizades e que sabem aproveitar o tempo com estes amigos de Verão. E daqui a uns anos será que estarão assim as meninas com conversas de raparigas, de amigas?




 E estes dois que têm tamanho igual mas idades diferentes, que hoje se batem, se provocam, que tentam mostrar quem manda, será que daqui a uns anos estarão juntos num festival de Verão a dançar ao som da mesma musica?




Todos juntos crescem, aprendem, descobrem novas maneiras de desenhar, de pintar, de brincar.

E todos juntos são tantos e é tão difícil lhes tirar uma foto...





E estes foram os primeiros amigos de Verão a chegar este Verão, mas ainda faltam mais, e até ao Verão acabar haverá mais almoços, mais conversas, mais brincadeiras.

Ir a um restaurante com 4 filhos é uma aventura, com mais 4 amiguinhos então...



Material:

Mochila
Estojo com lápis e canetas
Folhas brancas
Livros de pintar
Paciência, muita paciência



A Mãe de todos também se lembra dos amigos de Verão, aqueles que só via nas férias grandes, aqueles com quem passávamos as longas tardes de Verão, em conversas, em risadas, em brincadeiras. Algumas dessas amizades duram até hoje, outras esbateram-se ao longo dos anos e passaram a ser lembradas como alegres recordações.


Amigos estamos à vossa espera...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Escrita criativa vs Escrita intuitiva

A Mãe de todos nunca foi de letras, bem pelo contrário, em tempo de escola foi sempre de ciências, matemáticas, físicas, químicas coisas que agora se precisasse teria dificuldade em recordar, por outro lado as letras sempre andaram presentes na leitura, consegui ler a colecção toda de Uma Aventura, Os Cinco, Os Sete, As  Gémeas, e hoje em dia  mais que não seja na leitura do jornal e numa ou outra crónica, ou até mesmo na leitura dos rótulos dos enlatados ou dos cereais ou mesmo do pacote das fraldas. Apesar de não ser de letras nunca dei erros, sempre li muito bem em voz alta, útil quando se tem 4 filhotes sedentos de histórias, e sempre gostei de escrever, as famosas composições sobre as férias ou sobre o animal de estimação da extinta  4ª classe, mas nunca fui de mostrar escritos ou escritas a ninguém.

Agora sigo a minha intuição, não posso dizer que sigo ao sabor da caneta no papel porque hoje em dia é mais ao som dos dedos, e não são todos, indicador da mão esquerda e indicador e médio da mão direita, no teclado do portátil.
  1. Polegar - polegar, dedão, positivo ou mata-piolho.
  2. Dedo indicador - indicador, apontador, fura-olho ou fura-bolo.
  3. Dedo médio - dedo médio, dedo do meio, maior-de-todos ou pai-de-todos.
  4. Anelar - anelar ou seu-vizinho.
  5. Dedo mínimo - dedo mínimo, dedinho, minguinho ou ainda mindinho.

O que escrevo vai sendo criado na minha cabeça no dia a dia, enquanto mudo uma fralda, ou a Julieta mama, ou se o Tiago pede ajuda com os trabalhos de casa, ou se a Teresa vem com uma história mirabolante (como aquela do ir a Africa) da escolinha.
Não sei regras de escrita especificas a não ser o que todos deviam saber, começar todas as frases com letra maiúscula, usar pontuação, regra muito importante a não ser que sejamos o Saramago e aí podemos abolir esta regra, fazer parágrafos quando se muda de assunto e mais algumas regras básicas. Sai tudo um bocado aos trambolhões e é bom a tecla Delete existir porque muitas das vezes é usada mais que uma vez numa só frase.
Inspiração, porque é isso que move os dedos indicadores e o médio da Mãe de todos neste teclado, não falta, tenho 4 fontes inesgotáveis em casa, as mesmas fontes que me fazem interromper pelo menos 3 vezes a escrita, mesmo que já estejam todos deitados e aparentemente a dormir bem.





Escrita criativa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Escrita criativa é uma expressão usada para:
a) Designar toda a escrita literária (textos literários), nomeadamente poemas, contos, novelas, romances, textos dramáticos, guiões;
b) Designar a disciplina / área do saber que visa a transmissão e prática dessas técnicas, regra geral no contexto de uma oficina, laboratório ou curso.


A minha ideia é fazer escrita intuitiva, como eu lhe chamo, mas será que é também escrita criativa?
"O tom espontâneo e sensível deu vida e fluidez às palavras. Bravo! Bjs" Remetente: Rita Enviada: 17-Jul-2011 01:23:20 Chega a parecer um comentário de uma critica de jornalismo, mas não, foi um comentário da tia de todos, que por sua vez já fez bastantes workshops e afins de escrita criativa!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O monumento aos olhos dos infantes

Quando se levam crianças a exposições ou monumentos podemos ter grandes surpresas, negativas ou positivas e isso pode depender de nós, da nossa postura. Passar um dia inteiro num só lugar, num só monumento, numa só exposição, podia ser o desastre total à partida, mas não foi.




Para uma criança visitar uma exposição, uma exposição que não é dirigida a crianças, pode ser muito enfadonho, pode causar desinteresse, aborrecimento, ou pode por outro lado ser muito interessante, engraçado, cativante, tudo depende como nós os guiamos ou, melhor ainda, não guiamos nesta visita.




Se os deixarmos sozinhos, se os deixarmos explorar, ver, tocar, cheirar , rir, perguntar, comentar, se os deixarmos usar o tempo ao seu ritmo, eles de certeza que não se cansam e aproveitam tudo ao máximo.

Durante o dia desenharam, correram, brincaram, exploraram, riram, inventaram historias.




A Ermida da N. S. da Guadalupe para uma criança de 6 anos não deve ter encanto nenhum ...




ou será que tem? Será que tudo depende da maneira como os deixamos livres para poderem vê-la à sua maneira?




Um pacote de pasta de papel, uma mesa, alguns pauzinhos e uma faquinha, fotos da ermida e estavam prontos, dentro da própria ermida, para criarem  e recriarem as imagens da ermida.



Vista pela Alicia



Vista pelo Tiago


 
Pedra de fecho - original


O resultado não podia ter sido melhor, e foi gratificante para a Mãe de todos ouvi-los dizer : "Este é o melhor ATL onde já estive!" 

Fica a sugestão, se calhar os monumentos precisam de vida, mais vida, de mais opções, de mais iniciativas, de ideias novas, quem sabe, "Uma manhã divertida na Ermida N. S. da Guadalupe" não seria uma boa aposta.


infante
(latim infans, -antis, que não fala; criança)

1. Criança, menino (na infância).
s. m.
2. Filho não primogénito de rei.
s. m.


Exposição "Henrique o Infante que mudou o mundo" a visitar! Afinal desde sempre são os infantes que mudam o mundo

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quem feio come, melhor lhe sabe!

O avô Zé Brissos resolveu fazer uma horta, para se distrair, para estar ocupado, para comer o que vê crescer e não o que vê numa caixa no supermercado e para os netos terem também essa sorte.



Chega todos os dias com um saquinho e é sempre uma surpresa.




Pelo tamanho que têm, pelas formas, pelas cores, pelos cheiros.






E nós em casa adaptamos o menu diário ao que vem no saco.





São finos, retorcidos, gordos, achatados, pequenos, descolorados, coloridos, furados, cortados, brilhantes, baços ...





Mas quando chegam à mesa são os mais saborosos. Os miudos comem de tudo, quando lhes dizemos que vem da horta do avô fartam-se de comer e elogiar, comem crus, cozidos, em sopa, em puré, picadinhos, inteiros, enfim comem-nos com gosto, o gosto especial de serem os mais saudáveis.








Para quem não tem horta mas gosta de comer saudavel e biologico pode comprar aqui, em Budens às quintas!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Galinha

- João repete lá : Ga
- ga
- li
- li
- nha
- nha
- Agora diz : galinha
- cocó (de cocórococó!!!)




Gargalhada geral no banco da frente, no do meio e no lá de trás! Valeu o esforço do mano Tiago a querer ensinar o mano João.

- Te
- te
- re
- re
- sa
- sa
- diz João:  Teresa
- Teté

O João com os seus 2 anos quer agora fazer parte das conversas, responde, pergunta, repete, inventa, enfim descobriu que as palavras soltas que dizia podem e devem ser usadas em frases. Os manos acham graça, ensinam, insistem, repetem querem que ele aprenda a falar e ele corresponde umas vezes outras nem tanto...


- Ju
- Ju
- li
- li
- e
- e
- ta
- ta
- Julieta,  João diz lá
- Jujuca!


A Mãe de todos ainda não está habituada a falar e obter resposta daquele que até há bem pouco tempo era o bebé cá de casa, mas é lindo vê-lo a evoluir de dia para dia. Todos os dias há mais uma palavra.


- Ti
- ti
- a
- a
- go
- go
- Tiago, diz lá João que consegues
- Tigago !!

domingo, 10 de julho de 2011

Mé mé mé a vocês ...

Hoje foi a festa, a festa do João, aquela que ele com o seu ar de importante apregoava há tantos dias.

A Mãe de todos dedica-se aos convites, ao bolo e aos doces, o pai Fura bolos fica com os salgados e bebidas.









A tia Rita agarrou-se às pinturas faciais e pintou os meninos. Tigres, borboletas, estrelinhas e cornucópias deixaram os meninos ainda mais bonitos.










E a ovelha choné!!




Todos juntos ajudámos o João a apagar a sua velinha. Quando olho para fotos como esta percebo a sorte que a Mãe de todos tem.




Hoje uma amiga disse-me:
- Não sei como consegues, eu com 2 já me vejo aflita. Para ter mais é preciso ter muita organização.
- E saber fazer bolos de aniversário se não fica muito caro - foi a minha resposta!!

Bolo de iogurte sem óleo

4 ovos
2 chavenas de açucar
2 chavenas de farinha
2  iogurtes

Tudo misturado no copo da 123. Unta-se uma forma sem buraco e vai ao forno.  
Fiz 2 e coloquei um em cima do outro com uma camada fina de doce de alperce no meio. Ficou simples mas bom e toda a gente, miudos e graudos gostaram.




E será que o João tinha preferido uma festa no McDonalds ????