quinta-feira, 14 de julho de 2011

O monumento aos olhos dos infantes

Quando se levam crianças a exposições ou monumentos podemos ter grandes surpresas, negativas ou positivas e isso pode depender de nós, da nossa postura. Passar um dia inteiro num só lugar, num só monumento, numa só exposição, podia ser o desastre total à partida, mas não foi.




Para uma criança visitar uma exposição, uma exposição que não é dirigida a crianças, pode ser muito enfadonho, pode causar desinteresse, aborrecimento, ou pode por outro lado ser muito interessante, engraçado, cativante, tudo depende como nós os guiamos ou, melhor ainda, não guiamos nesta visita.




Se os deixarmos sozinhos, se os deixarmos explorar, ver, tocar, cheirar , rir, perguntar, comentar, se os deixarmos usar o tempo ao seu ritmo, eles de certeza que não se cansam e aproveitam tudo ao máximo.

Durante o dia desenharam, correram, brincaram, exploraram, riram, inventaram historias.




A Ermida da N. S. da Guadalupe para uma criança de 6 anos não deve ter encanto nenhum ...




ou será que tem? Será que tudo depende da maneira como os deixamos livres para poderem vê-la à sua maneira?




Um pacote de pasta de papel, uma mesa, alguns pauzinhos e uma faquinha, fotos da ermida e estavam prontos, dentro da própria ermida, para criarem  e recriarem as imagens da ermida.



Vista pela Alicia



Vista pelo Tiago


 
Pedra de fecho - original


O resultado não podia ter sido melhor, e foi gratificante para a Mãe de todos ouvi-los dizer : "Este é o melhor ATL onde já estive!" 

Fica a sugestão, se calhar os monumentos precisam de vida, mais vida, de mais opções, de mais iniciativas, de ideias novas, quem sabe, "Uma manhã divertida na Ermida N. S. da Guadalupe" não seria uma boa aposta.


infante
(latim infans, -antis, que não fala; criança)

1. Criança, menino (na infância).
s. m.
2. Filho não primogénito de rei.
s. m.


Exposição "Henrique o Infante que mudou o mundo" a visitar! Afinal desde sempre são os infantes que mudam o mundo

1 comentário:

  1. Estou emocionada, comovida, agradecida, sem palavras! É nisto que acredito, é para isto que trabalho com muito empenho, para ver os monumentos vividos, fruidos, parte integrante da nossa vida, dos nossos momentos de alegria, de família...
    Um exemplo fascinante, que apetece replicar e divulgar, divulgar e divulgar!
    Obrigada "Mãe de Todos"... verdadeiramente!
    Dália Paulo, Directora Regional de Cultura do Algarve

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